Onde atuamos

O Projeto Bem DiveRso atua diretamente em seis Territórios da Cidadania (TC) localizados nos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga.

AMAZÔNIA

Marajó

CAATINGA

Sobral

Informações

BIOMA
Amazônia

ESTADO
Pará

PLANTAS
Açaí
Andiroba

Parceiros
EMBRAPA – AP
EMATER – PA
ICMBIO

Marajó (PA)

Trata-se de um vasto território de 104.092,6 km², que abrange 16 municípios do Pará: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista, Soure e Santa Cruz do Arari.

O TC Marajó é considerado uma região prioritária para a conservação da biodiversidade brasileira, com cerca de 83% de cobertura florestal altamente preservada. Embora muito rico em recursos naturais, o Marajó enfrenta uma dura realidade com um dos mais baixos IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) do país. O Território também sofre diversas pressões, tais como o desmatamento para extração ilegal de madeira, exploração excessiva de recursos naturais, uso inadequado do fogo na agricultura, além da criação desordenada de búfalos que acabam compactando os solos e destruindo a vegetação nativa.

Comunidades

A população territorial é de cerca de 487 mil habitantes (IBGE, 2010), dos quais, cerca de 276 mil (57 %) vivem na área rural, sobretudo nas ilhas e nas margens do rio Amazonas e seus afluentes. Essa parcela da população, conhecida como ribeirinhos, pratica a agricultura familiar, o extrativismo e a pecuária, em pequena escala, com a criação de búfalos.

As plantas do Território

Nesta região, o Bem Diverso elencou o açaí (Euterpe oleracea Mart.) e a andiroba (Carapa guianensis Aubl.) como espécies prioritárias para desenvolver ações de boas práticas para o extrativismo sustentável e acesso ao mercado. Ambas são muito importantes para as famílias no Marajó. O açaí, além de ser indispensável na dieta alimentar local, é importante fonte de renda devido a grande procura pelo produto nos centros urbanos. Já o óleo da andiroba é utilizado na medicina tradicional pelas comunidades ribeirinhas e tem grande potencial para a indústria de cosméticos. Além destas, outras espécies de uso agroextrativista foram sendo adicionadas à lista, ao longo do desenvolvimento do Projeto, como a copaíba (Copaifera spp.), também utilizada na medicina tradicional e de grande potencial para a indústria de fármacos e de cosméticos.

O Projeto atua no Território para contribuir com o desenvolvimento das capacidades locais, por meio de formações continuadas e contextualizadas, tão importantes para o fortalecimento das organizações sociais, a autonomia e independência das comunidades marajoaras. Nesse sentido, foram criados o Centro de Referência em Manejo de Açaizais no Marajó – MANEJAÍ, para geração e socialização de informações voltadas à inovação e sustentabilidade na produção de açaí no Marajó; e a Cooperativa Manejaí, para organizar a produção e a comercialização de produtos dos agroextrativistas. Os técnicos do Manejaí atuam hoje na formação e capacitação de agroextrativistas nas diferentes tecnologias sociais desenvolvidas pelo Projeto e parceiros, como as técnicas de manejo de mínimo impacto de açaizais nativos, saneamento e tratamento de água, efluentes e resíduos; na organização da produção e comercialização de frutos e outros produtos do agroextrativismo; e na operação de crédito para os agroextrativistas, assegurando assim, os modos de vida das comunidades tradicionais e agricultores familiares, gerando renda e melhorando a qualidade de vida das populações ribeirinhas.

Parcerias

O Bem Diverso atua no TC Marajó por meio da Embrapa Amapá e da Embrapa Amazônia Oriental, contando ainda com parcerias estratégicas como: a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater/PA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Sistema OCB/AP, Prelazia do Marajó, as cooperativas de produtores CoopAçaí e Bio+Açaí e as associações: Ataime (Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Agroextrativistas da Ilha do Meio) de Afuá-PA; Atais (Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Agroextrativistas da Ilha do Salvador) de Afuá-PA; Ataic (Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas) de Gurupá-PA; e Atraeib (Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas do Itatupã e Baquiá) da RSD Itatupã-Baquiá e Gurupá-PA.