O QUE FAZEMOS

Por meio do manejo sustentável e de Sistemas Agroflorestais, buscamos assegurar os modos de vida dos agroextrativistas familiares, gerando renda e melhorando a qualidade

Conservação,
Manejo e
Restauração
Diagnósticos socioambientais
Cadeias
produtivas
Agroindus-
trialização
Acesso
ao mercado
Acesso
ao credito
Politicas
públicas
Juventude
e Gênero
Formação
e Capacitação
Observatório
do Campo

Formação e Capacitação

VOCÊ SABIA?

Crédito para essas comunidades, significa poder executar projetos que ampliem e impulsionem suas atividades, de forma a melhorar ganhos e diminuir perdas em cada atividade para alavancar o seu desenvolvimento sustentável, quer no manejo de seus sistemas produtivos, quer no processamento e comercialização de produtos.

No entanto, essas comunidades ainda enfrentam dificuldades para acessar o crédito. Estas dificuldades se iniciam com a falta histórica de oportunidade ao conhecimento das formas de acesso e tipos de financiamento disponíveis para as diferentes atividades que compõem o seu universo de atuação. E, desaguam no planejamento das ações e na educação financeira necessárias à uma boa aplicação dos recursos.

Acesso ao crédito

o Projeto Bem Diverso atua diretamente em seis Territórios da Cidadania (TC)

As comunidades beneficiárias do Projeto Bem Diverso reconhecem em seus territórios, espaços historicamente construídos ao qual pertencem, com identidades próprias, que amalgamam a coesão social de suas populações. Distinguem-se umas das outras, segundo critérios sociais, culturais, geográficos e econômicos, mas têm em comum no uso da biodiversidade, a garantia da segurança alimentar e da geração de renda. Desta forma, promover o acesso ao crédito é uma forma de expandir a oportunidade do uso sustentável da biodiversidade e a manutenção e reprodução dos seus modos de vida locais. Crédito para essas comunidades, significa poder executar projetos que ampliem e impulsionem suas atividades, de forma a melhorar ganhos e diminuir perdas em cada atividade para alavancar o seu desenvolvimento sustentável, quer no manejo de seus sistemas produtivos, quer no processamento e comercialização de produtos. No entanto, essas comunidades ainda enfrentam dificuldades para acessar o crédito. Estas dificuldades se iniciam com a falta histórica de oportunidade ao conhecimento das formas de acesso e tipos de financiamento disponíveis para as diferentes atividades que compõem o seu universo de atuação. E, desaguam no planejamento das ações e na educação financeira necessárias à uma boa aplicação dos recursos.  

Para melhorar as expectativas de acesso ao crédito, faz-se importante, desta forma, a popularização do tema e a constante troca de informação entre os beneficiários, ou prováveis beneficiários do crédito, e os técnicos de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), agentes de crédito e bancos financiadores. Colher informações e orientações junto aos técnicos de Ater, para o planejamento das atividades,  elaboração do projeto de crédito, e o acompanhamento continuado de assistência técnica no desenvolvimento do projeto, é de fundamental importância para a realização do crédito e a concretização dos seus objetivos. Da mesma forma, a busca por informações junto aos agentes de crédito e bancos, são necessárias para sanar eventuais dúvidas em relação aos benefícios, deveres e obrigações relacionados ao crédito. No entanto, procurar entender, saber ou receber orientação sobre as linhas de crédito mais acessíveis e que se aplicam a cada caso, não é tarefa fácil para as comunidades, mas o primeiro passo para se acessar o crédito e para que tudo ocorra bem na sua aplicação e uso. 

Sob esta perspectiva, e visando dar continuidade a construção de um arcabouço de governança e fomento à qualificação do desenvolvimento sustentável, o Projeto Bem Diverso tem  buscado levar ao conhecimento das comunidades, informações voltadas às possibilidades de financiamento e crédito para extrativistas e pequenos agricultores pertencentes aos territórios bde atuação do Projeto. Sobre essa temática, o Bem Diverso tem realizado encontros virtuais sobre a inovação de Crédito na área de Bioeconomia e Extrativismo Sustentável, com temas relacionados à Política de Acesso ao Crédito, PRONAF Bioeconomia com dados para a Região Norte do Brasil e PRONAF Bioeconomia com dados para a Região Nordeste do Brasil.

Além de encontros virtuais, o Projeto tem buscado integrar as ações e tecnologias sociais desenvolvidas junto às unidades familiares, cooperativas e empreendimentos comunitários, não apenas no que diz respeito aos diagnósticos de desafios, barreiras, demandas e oportunidades de crédito e acesso à políticas públicas, mas também na prestação de apoio in loco, com a formação de ativadores de crédito comunitários ou ativadores de negócios sustentáveis. Em parceria com o Banco da Amazônia (BASA) e o Instituto Conexsus, temos hoje 30 ativadores de crédito em curso de formação para operarem crédito junto ao banco. Estes ativadores, além de serem oriundos das próprias comunidades, portanto conhecedores da realidade de seus territórios, já se encontram preparados em relação às técnicas de conservação, manejo e restauração de sistemas produtivos, agroindustrialização e comercialização de produtos desenvolvidas no âmbito do Projeto. As técnicas de manejo de mínimo impacto de açaizais nativos, por exemplo, podem aumentar em até 06 (seis) vezes a produtividade das áreas manejadas, fato que o banco utiliza como um bom indicador e garantia ao pagamento do crédito. Desta forma, além do crédito, os agentes de crédito comunitários que estamos formando, levam ainda assistência técnica e extensão rural de forma diferenciada. Complementarmente, levam ainda educação financeira para as famílias e empreendimentos comunitários, promovendo e desenvolvendo negócios sustentáveis.

Adicionalmente, em parceria com o Instituto Federal de Brasília, estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia conduziram um levantamento junto à agroextrativistas, associações, cooperativas, sindicatos e instituições financeiras, acerca da capacidade de contratação e pagamento de Crédito Rural por parte dos agroextrativistas dos Territórios da Cidadania de Sobral; Médio São Francisco e Alto Rio Pardo de Minas. Nesses levantamentos, informações acerca da renda per capita, percentual de inadimplência, e agregação de renda a partir do uso dos produtos da sociobiodiversidade foram os indicadores da potencialidade de operacionalização do crédito levantados. Por outro lado, o acesso ao crédito rural, a regularização fundiária, a pesquisa agropecuária, a assistência técnica e extensão rural, e instrumentos que facilitem e proporcionem a comercialização de produtos, são os principais gargalos a serem superados.

De fato, a efetiva implementação das políticas públicas existentes se faz necessária para viabilizar o uso sustentável, a agregação de valor aos produtos da sociobiodiversidade e a melhoria da qualidade de vida dessas famílias de agroextrativistas. Nesse sentido, o Projeto Bem Diverso e parceiros, têm construído esse ambiente de debate junto aos bancos, poderes públicos locais e nacionais e agências locais de Ater, dentre outros atores, para viabilizar a efetiva execução das políticas públicas existentes. Por outro lado, proporcionar aos estudantes o conhecimento da realidade da agricultura familiar e extrativistas, contribuirá para a ampliação de seus conhecimentos durante o processo de formação, preparando-os para o exercício profissional e o atendimento das demandas desse importante segmento, os agroextrativistas, que compõem a economia rural.

Para saber mais sobre os diversos trabalhos realizados pelo Bem Diverso no tema de acesso ao crédito, clique aqui. Não esqueça de visitar a aba de notícias para acompanhar as atividades relacionadas ao tema.  Agora se quiser citar este texto e não sabe como, clique aqui.