ESPÉCIES

A escolha inicial das espécies para o desenvolvimento das atividades do Projeto Bem Diverso nos seus diferentes eixos de atuação foi feita de forma participativa junto às comunidades e parceiros locais. Na escolha das espécies, considerou-se sua importância para as comunidades rurais; ocorrências nas proximidades ou interior de unidades de conservação; volume colhido; e a existência de apoio de políticas públicas para manejo, colheita ou comercialização de seus frutos in natura ou processados.

 

A seguir, apresentamos algumas informações relevantes das 12 espécies inicialmente listadas e selecionadas como norteadoras para o desenvolvimento das atividades. Porém, nossas atividades não se limitaram à essas espécies. Ao longo do Projeto, dezenas de outras espécies foram sendo incorporadas, de acordo com as demandas locais, e diretamente relacionadas ao consumo, comercialização e restauração das paisagens.

MANGABA

Araticum

Açaí

Babaçu

Castanha-do-
brasil

Coquinho azedo

LICURI

MARACUJÁ DO MATO

VELUDO

Andiroba

Ficha técnica

FAMÍLIA BOTÂNICA
Arecaceae

NOME CIENTÍFICO
Attalea speciosa Mart. ex Spreng/p>

BIOMA
Amazônia,Cerrado,Caatinga

TERRITÓRIO
TC Médio Mearim (MA)

PORTE DA PLANTA
Palmeira 10 a 30 metros de altura, com 20 a 50 centímetros de diâmetro de tronco.

PARTE COLHIDA
Fruto e folha

FLORAÇÃO
Janeiro a abril

FRUTIFICAÇÃO
Junho a dezembro, com o pico de queda de produtividade entre agosto e dezembro.

USOS
Produção de óleo, sabonetes, sabão, detergentes, cosméticos, leite da amêndoa de babaçu, farinha de mesocarpo, carvão, artesanatos, entre outros.

Babaçu

Usada de múltiplas formas, a palmeira babaçu tem nos seus frutos a parte mais nobre. Das diversas partes de seu fruto é possível fazer farinha para uso alimentício, carvão, adubo e outros. Das suas amêndoas se extrai o óleo de babaçu, utilizado principalmente na culinária e na indústria de cosméticos. Ocorre em várias regiões do Brasil, principalmente, em extensas áreas dos estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí, em áreas de transição entre os biomas Cerrado, Caatinga e Amazônia.

As comunidades tradicionais dizem que do babaçu se aproveita praticamente tudo. Das folhas da palmeira pode se fazer armação de coberturas para casas e confecção de artesanatos como cestos, peneiras, esteiras e entre outros. Já o caule ou estipe, pode ser usado na marcenaria ou como adubo natural. O fruto ou coco também é aproveitado por inteiro. Da parte externa, conhecida como epicarpo, pode-se fazer xaxim, adubo orgânico ou utilizá-la na queima em fornos caseiros, entre outros usos. Do mesocarpo, a camada abaixo do epicarpo, é possível extrair farinha amilácea comestível, que pode ser utilizada para bolos, mingau, biscoitos e outros tipos de alimentos, ou como insumo para indústria de cosméticos. O endocarpo, a camada mais dura, pode ser usado para confecção de artesanatos, e carvão, dentre outros usos. Da semente ou amêndoa, a parte mais nobre do fruto, pode-se extrair o óleo de babaçu para uso culinário, na fabricação de sabão, detergentes, cosméticos, lubrificantes, biodiesel e fitoterápicos. Por diferentes processos, pode-se ainda ser extraído o leite de coco babaçu, ingrediente culinário muito nutritivo e valorizado para múltiplos usos. O bagaço do processamento da amêndoa, conhecido como torta, pode ser usado como suplemento animal ou como adubo orgânico.

As formações florestais com alta predominância de babaçu, são conhecidas como babaçuais ou Mata dos Cocais. Já as comunidades agroextrativistas de diferentes regiões podem denominar a palmeira do babaçu por outros nomes, tais como: coco-palmeira, coco-de-macaco, coco-pindoba, andajá, indaiá, baguaçu, uauaçu, catolé, pindoba, pindobassu, dentre muitos outros. A espécie Attalea speciosa Mart. ex Spreng. é o babaçu de maior amplitude de ocorrência e importância econômica. Porém, outras espécies próximas, como Attalea eichleri (Drude) A.J. Hend. e Attalea vitrivir Zona, são também denominadas regionalmente como babaçu.

Os grandes cachos de babaçu podem ter entre 300 a 500 frutos. Quando amadurecem os frutos caem, e no chão, estão prontos para serem colhidos pelas quebradeiras de coco, mulheres de comunidades tradicionais agroextrativistas que têm nessa planta a base da sua sobrevivência econômica e cultural. Além de realizar a coleta e todo o processamento, as quebradeiras de coco também se organizaram para lutar pelos direitos de reconhecimento territorial, especialmente pelo livre acesso aos babaçuais em áreas públicas e privadas.

Onde encontrar produtos de babaçu?

Central do Cerrado – (cooperativa de grupo de produtores)
Setor de Expansão Econômica de Sobradinho, Quadra 14, Lot3, Sobradinho-DF. Telefone: (61) 3327-8489.
Email: centraldocerrado@centraldocerrado.org.br
http://www.centraldocerrado.org.br
Facebook: https://www.facebook.com/CentralCerrado/

Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco
Rua Nova Brasília, 200, Bairro Nova Brasília, Lago do Junco/MA. CEP: 65.710-000
Tel.: (99) 3634 1463 / (99) 3642 2152
E-mail: coppalj@gmail.com / assemacomercio@assema.org.br

Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais de Lago do Junco e Lago dos Rodrigues
Endereço: Travessa Primeiro de Maio, 55, Lago dos Rodrigues, MA, CEP: 65.712-000
Tel.: (99) 3642 2152
E-mail: assemacomercio@assema.org.br
Site: www.assema.org.br

Cimqcb – Cooperativa Interestadual das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu
Endereço: R. São Raimundo, quadra 42, casa nº 09, Bairro Jardim Eldorado, São Luís, MA.
CEP: 65067-272
Telefones: (98) 3268-3357 / 3221-4163
Email: babacuprodutos@miqcb.org.br
Sites: https://www.centraldocerrado.org.br/cimqcb  e https://www.miqcb.org/produtos-cimqcb

Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Esperantinopolis LTDA (COPAESP)
Rua Getulio Vargas, nº 1113, Esperantinópolis – MA
CEP.: 65 750-000. Tel: (99) 3645-1916
Email: coopaesp@bol.com.br

 

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