Informações
BIOMA
Caatinga
ESTADO
Bahia
PLANTAS
Licuri
Umbu
Maracujá-do-mato ou maracujá da Caatinga
Parceiros
EMBRAPA – SEMIÁRIDO
AGENDHA
Sertão de São Francisco (BA)
O Território da Cidadania (TC) Sertão do São Francisco cobre uma extensa área, de 76.347,5 Km², envolvendo 7 municípios pernambucanos (TC Sertão do São Francisco I) e 10 municípios baianos (TC Sertão do São Francisco II). No estado de Pernambuco compreende os municípios de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista; já no estado da Bahia compreende os municípios de Campo Alegre de Lourdes, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Juazeiro, Pilão Arcado, Remanso, Sento Sé, Sobradinho e Uauá.
Situado no Bioma Caatinga, o Território foi identificado como área de importância para conservação e uso sustentável da biodiversidade. No total, cerca de 32 % de seu território é coberto por unidades de conservação. Estas, contribuem para a proteção de vastas áreas de caatinga, remanescentes do intenso desmatamento para implantação de monoculturas diversas e pecuária extensiva.
Comunidades
A população territorial é de cerca de 929 mil habitantes (IBGE, 2010), dos quais, cerca de 333 mil (36 %) vivem na zona rural. No Território há uma grande diversidade de comunidades, formadas por povos indígenas, remanescentes de quilombolas e comunidades fundo de pasto, que têm na prática da agricultura familiar, extrativismo, e pequenas criações de ovinos e caprinos, a sua principal fonte de alimentação e renda. Já as comunidades mais próximas às margens do rio São Francisco, também praticam a pesca artesanal.
Essas comunidades desenvolveram ao longo dos anos, técnicas de convivência com o semiárido, marcado por longos períodos sem chuvas. Essas práticas se configuram no uso e manejo tradicional da caatinga, diversas formas de armazenamento de água, além de conhecimentos relacionados à fauna e flora que ajudam no incremento alimentar, sobretudo nos períodos mais secos do ano. É o caso das comunidades de Fundo de Pasto, que sobrevivem a partir da conservação da caatinga nativa. Essas áreas são usadas para fins diversos, como, por exemplo, extração de produtos para fins medicinais e alimentícios, e para o manejo sustentável da criação coletiva de cabras e ovelhas, sem sobrecarregar os recursos naturais.
As plantas do Território
O Bem Diverso elencou três espécies de plantas nativas principais para desenvolver ações de boas práticas de extrativismo sustentável: umbu, maracujá-da-caatinga ou maracujá azedo e licuri. Estas espécies são de extrema importância para as comunidades rurais, pois representam a base da dieta e da economia familiar dos sertanejos e sertanejas do território, por meio da comercialização de frutos in natura ou processados. De modo geral, os frutos são beneficiados e processados nas unidades familiares, ou ainda em agroindústrias comunitárias ligadas às cooperativas locais de agricultores e agricultoras. O resultado desse trabalho, são produtos muito apreciados em várias regiões do país, e comercializados na forma de óleos, cremes, doces, compotas, licores, conservas, polpas e até cervejas.
Parcerias
Neste território, o Bem Diverso atua por meio da Embrapa Semiárido e em parceria com a Fundação Araripe, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP); do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), organização não governamental; da Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), organização não governamental; e da Escola Família Agrícola do Sertão (Efase), de Monte Santo, BA.
Quer citar este texto e não sabe como? (clique aqui).