Tecnologia produzida a partir de peças de ferro velho facilita o trabalho das quebradeiras de coco babaçu
A ferramenta que facilita a quebra do coco babaçu é uma das finalistas no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2021. Criada pela Embrapa, por meio do Projeto Bem Diverso, juntamente com representantes das quebradeiras de coco e uma microempresa, a máquina de uso manual melhora melhorar as condições de trabalho, a eficiência, o conforto e a segurança da atividade de milhares de quebradeiras de coco de comunidades extrativistas do babaçu.
“É uma ferramenta relativamente barata e que pode servir às quebradeiras em nível individual. É neste campo de inovação, de oferecer uma ferramenta a preço acessível a cada quebradeira, que estamos”, explica o responsável pelo desenvolvimento da iniciativa, o pesquisador José Mário Ferro Frazão.
O protótipo é uma estação de trabalho com uma cadeira, sistema de redução de força, lâmina de corte e espaços para alocar os cocos, as amêndoas e as cascas. Com melhor ergonomia, aumenta rendimento do trabalho e aproveitamento integral dos componentes do fruto, agregando valor aos subprodutos e renda para as famílias.
A ferramenta foi selecionada considerando-se a efetividade, inovação, sistematização da tecnologia e a interação com a comunidade. As vencedoras serão anunciadas no evento previsto para acontecer em outubro.
Para Joaquim Costa, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Cocais, chegar à fase final, entre as 15 tecnologias sociais finalistas do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2021, é um reconhecimento à equipe da Embrapa Cocais e parceiros, pelo excelente trabalho realizado, coordenado pelo pesquisador José Mário Frazão, cuja história profissional é ligada ao desenvolvimento de tecnologias e inovação para a melhoria de vida das comunidades de quebradeiras de coco babaçu.
“Tenho certeza de que as quebradeiras de coco, que tiveram participação direta na construção dos protótipos, estão muito contentes com a ferramenta que, certamente, as auxiliará bastante no trabalho, diminuindo o esforço físico, melhorando a ergonomia, o rendimento do trabalho e a renda das famílias”.
Os recursos para a o desenvolvimento da tecnologia inovadora vieram da Fundação de Amparo e Desenvolvimento Científico do Maranhão – FAPEMA e do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Projeto Bem Diverso, fruto da parceria entre Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Com informações de Embrapa Cocais