O curso, realizado de 28 a 31 de outubro, em Pedreiras, MA, foi promovido pelo Bem Diverso com apoio do PNUD e Embrapa e a Associação em Áreas de Assentamentos no Estado do Maranhão (Assema).
Foram abordadas questões como princípios de higiene e sanitização de alimentos, transporte e armazenamento de produtos processados de origem extrativistas, ferramentas de gestão e de qualidade, visando a formação de quadros técnicos para operar sobre conhecimentos específicos relacionados à segurança na produção de alimentos tratada por normas regulamentadoras emitidas pelos ministérios.
“Estávamos precisando desse curso para capacitar nossos produtores agroextrativistas. Por isso é importante esta parceria com a Embrapa e o projeto Bem Diverso. Acredito que agora estamos capacitados, pois adquirimos conhecimentos para dar mais qualidade a nossos produtos”, afirmou Francisco Germano, coordenador Geral da Assema.
Com aulas práticas e teóricas, o curso também promoveu uma visita à unidade de produção de farinha de mesocarpo de babaçu, na Coopaesp – Cooperativa de Produtores Agroextrativistas de Esperantinópolis – município maranhense, onde os participantes conheceram todo o processo da produção, desde a extração do floco à fábrica de processamento da matéria-prima.
O curso é uma das estratégias para promover o desenvolvimento da agricultura familiar e do extrativismo do babaçu no Território Médio Mearim. É importante ressaltar a importância do produto na região: a farinha é utilizada na culinária para fazer mingau, bolos e biscoitos; empregada inclusive na merenda escolar de algumas escolas municipais. A farinha de mesocarpo também é vendida para indústrias de cosméticos. Da amêndoa do coco babaçu , é produzido o óleo utilizado na fabricação de sabonete, sabão e nas indústrias alimenticias, fármacêuticas e cosméticas.
“O nivelamento contempla microbiologia de alimentos e também as boas práticas de fabricação em si, desde a área de processamento da agroindústria à dinâmica de produção: questões operacionais que devem ser empregadas para que no final, possam ter um produto de alta qualidade. Percebemos que eles assimilaram bastante o conhecimento”, avalia Roberto Machado, analista da Embrapa Agroindústria do Rio de Janeiro.
O projeto Bem Diverso é uma iniciativa da Embrapa em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD, e conta com recursos Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Atua em três biomas: Amazônia, Caatinga e Cerrado, e tem como objetivo principal a conservação da sociobiodiversidade, tendo como pilar o desenvolvimento econômico local nos territórios onde atua, gerando renda e trabalho para as comunidades.
Texto e fotos: Franci Monteles, assessoria de Comunicação da Assema.
Matéria sobre o Curso de Boas Práticas de Fabricação veiculada na TV Rio Flores, em Pedreiras/MA.