Publicação reúne produtos e serviços oferecidos pelas populações tradicionais, como a parceira Bem Diverso em Alto Rio Pardo/MG Cooperativa de Agricultores Familiares Agroextrativistas de Água Boa II (Coopaab)
Açaí, castanha, cacau, farinha de mandioca, jaborandi, pirarucu, babaçu, borracha… são tantos os produtos que consumimos que vêm das florestas, alguns deles somente encontrados no Brasil. Esses produtos não são importantes apenas para o nosso consumo, mas representam um forte elo na cadeia produtiva de populações e comunidades tradicionais cujo extrativismo e manejo comunitário são os principais modos de sobrevivência.
Pensando em dar visibilidade para esses produtos, a Coordenação Geral de Populações Tradicionais (CGPT/DISAT) lança a versão impressa do “Catálogo de Produtos da Sociobiodiversidade do Brasil”. A publicação apresenta ao todo quinze produtos oriundos de populações tradicionais em 66 unidades de conservação no país: açaí; artesanato; babaçu; borracha; cacau; castanha; farinha de mandioca; frutas e polpas; jaborandi; jacaré; madeira de manejo comunitário; óleos vegetais; recursos pesqueiros; pirarucu e turismo de base comunitária.
O catálogo traz informações como nome científico, safra, área de ocorrência, utilização mais comum, curiosidades, importância econômica, história e muito mais. O catálogo traz ainda um mapa ilustrativo dos produtos que podem ser encontrados em cada estado brasileiro que possui Reservas Extrativistas, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Florestas Nacionais com populações tradicionais. O leitor ainda encontra uma relação completa de organizações em cada estado com contato comercial e produtos ofertados.
Atualmente, um dos principais desafios é fazer com que os produtores tenham diversificação de mercado consumidor, especialmente em locais onde a logística é dificultada e possa competir com produtores maiores. “Esperamos que com as informações organizadas para o público em geral e público interessado em acessar os produtos da sociobiodiversidade, diminuir as distâncias entre os produtores e consumidores, divulgar e dar visibilidade ao trabalho dessas famílias em UCs”, diz a coordenadora da CGPT, Bruna de Vita.
O catálogo está disponível online e pode ser acessado aqui.
Açaí
O açaí é um produto tradicionalmente presente na culinária no norte e nordeste, mas vem conquistando espaço em outras partes do país. A polpa pode ser batida e servida para consumo imediato, mas um de seus usos mais populares é na forma de cremes e smoothies, uma opção viável para os dias de calor.
Cacau
Espécie original da Amazônia brasileira e sul-americana, é a matéria-prima para a produção do chocolate. Entretanto, outras utilizações para o cacau vêm se tornando populares. A manteiga é princípio ativo hidrante para a pele e cabelos. Já as sementes fermentadas, secas, torradas e trituradas (nibs) são uma alternativa mais saudável ao chocolate.
Castanha-do-brasil
Também chamada de castanha-do-pará, seus usos são incontáveis. Da castanha se produz biscoitos, bolos, bombons e ainda é muito consumida in natura, como uma opção de lanche saudável. A castanha é rica em minerais como o selênio, que ajudam no fortalecimento do sistema imunológico.
Farinha de mandioca
A farinha de mandioca é um dos principais ingredientes da culinária do Norte e Nordeste. O produto é feito depois da mandioca ser triturada ou ralada, prensada para retirar o líquido, peneirada e torrada. Além da farinha, também é possível obter a goma, o tucupi e a farinha de tapioca.
Frutas e polpas
Não é de hoje que os sabores das frutas brasileiras são únicos para a gastronomia de pratos simples a sofisticados. Açaí, bacaba, guaraná, cupuaçu, patuá e muitas outras são frutas que só encontramos por aqui. Com as polpas, é possível fazer sucos, licores, uma infinidade de sobremesas e até pratos salgados.
Jaborandi
O jaborandi é um velho conhecido da indústria farmacêutica e cosmética por suas propriedades cicatrizantes e adstringentes. Ele possui uma substância chamada pilocarpina que é utilizada para o tratamento de glaucoma e até o momento não há substância que substitua a pilocarpina para tratar a doença. Na indústria cosmética, seu uso é muito recomendado para aceleração capilar e para combater a queda dos fios.
Óleos vegetais
Buriti, pracaxi, babaçu, baru, tucumã, andiroba, murumuru, ucuúba, castanha… um dos subprodutos dessas oleaginosas são os óleos que geralmente possuem um aroma agradável e um sabor característicos. Esses óleos já são utilizados largamente na indústria cosmética como tratamento de cabelos e peles secos ou ressecados; na medicina popular como meio de tratar inflamações ou infecções e até na gastronomia, como alternativa aos óleos tradicionais.
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