ESPÉCIES

A escolha inicial das espécies para o desenvolvimento das atividades do Projeto Bem Diverso nos seus diferentes eixos de atuação foi feita de forma participativa junto às comunidades e parceiros locais. Na escolha das espécies, considerou-se sua importância para as comunidades rurais; ocorrências nas proximidades ou interior de unidades de conservação; volume colhido; e a existência de apoio de políticas públicas para manejo, colheita ou comercialização de seus frutos in natura ou processados.

 

A seguir, apresentamos algumas informações relevantes das 12 espécies inicialmente listadas e selecionadas como norteadoras para o desenvolvimento das atividades. Porém, nossas atividades não se limitaram à essas espécies. Ao longo do Projeto, dezenas de outras espécies foram sendo incorporadas, de acordo com as demandas locais, e diretamente relacionadas ao consumo, comercialização e restauração das paisagens.

MANGABA

Araticum

Açaí

Babaçu

Castanha-do-
brasil

Coquinho azedo

LICURI

MARACUJÁ DO MATO

VELUDO

Andiroba

Ficha técnica

FAMÍLIA BOTÂNICA
Leguminosae

NOME CIENTÍFICO
Tachigali subvelutina (Benth.) Oliveira-Filho.

BIOMA
Cerrado

TERRITÓRIO
TC Alto Rio Pardo (MG)

PORTE DA PLANTA
Arbóreo, variando de 5 a 10 metros.

PARTE COLHIDA
Madeira

FLORAÇÃO
Junho a janeiro

FRUTIFICAÇÃO
Agosto a outubro

USOS
carvão, lenha, construções rurais como cercas, mourões e outros.

Veludo

O veludo, também conhecido como carvoeiro ou carvoeiro do cerrado, é uma árvore semidecídua, ou seja, perde parte de suas folhas durante a época seca. Ocorre nas áreas de quebra de relevo em solos rasos de encosta do território do Alto Rio Pardo. A madeira é muito usada para produção de carvão e lenha, florestamento de áreas degradadas e arborização. Algumas comunidades rurais do norte de Minas Gerais também utilizam os troncos dessa árvore para confecção de mourões de cercas e outros tipos de construções que exigem resistência da madeira ao tempo.

Dentre as espécies elencadas para o trabalho na região do Alto Rio Pardo, o veludo é a única madeireira, dada a sua importância no extrativismo regional no uso para lenha, mourão de cerca, construções rurais e de seu potencial uso como alternativa à produção de carvão em substituição ao eucalipto, plantado em extensas áreas sob monocultivo, que tem impactado significativamente os recursos hídricos da região.

No norte de Minas Gerais, troncos de veludo são comercializados para uso como mourões, sendo que grande parte das populações sofrem níveis intensos de exploração. O veludo apresenta ainda propriedades melíferas e um elevado potencial para os projetos de restauração de áreas degradadas de recarga de aquíferos, das matas de galeria e das matas ciliares da região por meio de sistemas agroflorestais. De madeira com densidade média a elevada (0,70 g / cm3), o veludo pode ainda ser considerado um importante substituto ao eucalipto como fonte de geração de energia e de renda para as comunidades quando plantado em sistemas heterogêneos com espécies frutíferas do cerrado. Ao contrário do eucalipto, o veludo perde parte de suas folhas durante a estação seca, o que minimiza o efeito da perda de água para a atmosfera por meio da respiração e transpiração que ocorre em suas folhas, justamente na época em que a demanda por água é mais crítica (durante a estação seca). Adicionalmente, o veludo possui elevada capacidade de rebrota, o que minimiza o efeito da exposição dos solos e a quantidade de tratos culturais necessários ao seu manejo.

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