VOCÊ SABIA?
Até o momento desenvolvemos estudos para 16 produtos (Castanha-do-Brasil, Açaí, Andiroba, Pracaxi, Araticum, Baru, Cagaita, Coquinho azedo, Mangaba, Maracujá do cerrado, Maracujá azedo, Pequi, Rufão, Babaçu, Licuri e Umbu, além de atividades relacionadas a oportunidade e viabilidade de comercialização de sementes de dezenas de espécies nativas para restauração do Cerrado, incluídas aqui as espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas.
De modo geral, os estudos das cadeias produtivas apontam para a necessidade de aprimoramento das técnicas de coleta, beneficiamento e processamento de frutos e sementes, de modo a permear a eficiência produtiva, a qualidade do produto final e a manutenção da auto-regeneração das espécies-alvo e de outras espécies associadas.
Acesso ao mercado
O Projeto Bem Diverso atua diretamente em seis Territórios da Cidadania (TC)
Promover o acesso de produtos da sociobiodiversidade ao mercado é assegurar a manutenção dos meios de produção de agroextrativistas e sua inserção em circuitos bioeconômicos que garantam qualidade de vida, bem estar e oportunidades para a realização pessoal e comunitária. A agregação de valor a esses produtos advém dos valores de qualidade socioambiental, sanitária e nutricional dos alimentos trabalhados nos eixos anteriores e que agora são disponibilizados para sociedade por meio da inserção desses produtos nos mercados institucionais e convencionais.
Apesar do contingenciamento dos recursos governamentais e das barreiras impostas à modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), observadas nos últimos anos, em especial à modalidade PAA Formação de Estoques e PAA Compra com Doação Simultânea, que afetaram significativamente a comercialização de produtos da sociobiodiversidade, esta política pública é, ainda, uma importante fonte de escoamento da produção agroextrativista, e principal forma de acesso de famílias à alimentação adequada e saudável. Para promover o acesso a este mercado, temos mapeado as demandas de aquisição de produtos e preparado agroextrativistas e cooperativas para o atendimento aos editais de chamada pública das compras institucionais ainda existentes. Por outro lado, temos promovido também o acesso ao mercado convencional, levantando demandas e oportunidades de negócios para os produtos da sociobiodiversidade; investindo na comercialização de produtos em cadeias de circuitos curtos, como feiras locais; e fomentando a abertura de entrepostos para a comercialização de produtos em mercados locais e regionais. Desta forma, temos fortalecido as centrais de comercialização de produtos já existentes, como a Central dos Cerrados; e promovido a criação de novas centrais. Dentre essas, a Central da Caatinga, já em funcionamento, e a Central da Amazônia, em fase de implementação. Estas centrais e entrepostos de comercialização reúnem os produtos de qualidade de diversas cooperativas e produtores individuais para a sua comercialização regionalizada em lojas físicas, em Brasília, no DF; Juazeiro e Monte Santo, na Bahia; e no Mercado de Pinheiros, em São Paulo. Além de lojas físicas, o investimento em lojas virtuais tem dado vazão à comercialização de produtos dos agroextrativistas em tempos de pandemia e aberto o caminho para a inserção desses produtos em plataformas de e-commerce para o atendimento de um público cada vez maior e mais consciente quanto à alimentação de qualidade e responsabilidade social e ambiental.
Paralelamente, temos promovido e participado de encontros onde são apresentados as experiências e as oportunidades de negócios para comercialização de produtos da sociobiodiversidade no mercado nacional (Central do Cerrado e Central da Caatinga) e as oportunidades de acesso ao mercado internacional. Nesses encontros, promovemos rodadas de negócios (interrompidas neste momento por questão de contingenciamento à Covid), onde juntamos à mesa os potenciais compradores (mercado convencional e institucional), os fornecedores de produtos da sociobiodiversidade (agroextrativistas, cooperativas e associações) para discutir gargalos e oportunidades de negócios e apresentar os produtos de nossos beneficiários preparados por chefs de cozinha. Com isso, editais de compras que se restringiam a produtos industrializados e convencionais, abriram-se para o mercado de frutos, polpas, óleos, farinhas, doces e geleias de espécies nativas, dentre outros produtos da agricultura familiar, por meio de assinatura de contratos que têm movimentado valores significativos.
Para saber mais sobre o que estamos fazendo sobre o tema de acesso ao mercado, clique aqui. Já para as notícias relacionadas ao tema, clique aqui. Já para adquirir produtos da sociobiodiversidade, clique em Central do Cerrado e Central da Caatinga. Agora se quiser citar este texto e não sabe como, clique aqui.