ESPÉCIES

A escolha inicial das espécies para o desenvolvimento das atividades do Projeto Bem Diverso nos seus diferentes eixos de atuação foi feita de forma participativa junto às comunidades e parceiros locais. Na escolha das espécies, considerou-se sua importância para as comunidades rurais; ocorrências nas proximidades ou interior de unidades de conservação; volume colhido; e a existência de apoio de políticas públicas para manejo, colheita ou comercialização de seus frutos in natura ou processados.

 

A seguir, apresentamos algumas informações relevantes das 12 espécies inicialmente listadas e selecionadas como norteadoras para o desenvolvimento das atividades. Porém, nossas atividades não se limitaram à essas espécies. Ao longo do Projeto, dezenas de outras espécies foram sendo incorporadas, de acordo com as demandas locais, e diretamente relacionadas ao consumo, comercialização e restauração das paisagens.

MANGABA

Araticum

Açaí

Babaçu

Castanha-do-
brasil

Coquinho azedo

LICURI

MARACUJÁ DO MATO

VELUDO

Andiroba

Ficha técnica

FAMÍLIA BOTÂNICA
Arecaceae

NOME CIENTÍFICO
Syagrus coronata (Mart.) Becc.

BIOMA
Cerrado,Caatinga,Mata Atlântica

TERRITÓRIO
TC Sertão de São Francisco (BA)

PORTE DA PLANTA
Arbóreo podendo atingir até 11 metros de altura e 20 a 40 cm de diâmetro de tronco.

PARTE COLHIDA
Frutos, amêndoas, folhas, espatas (popularmente conhecida como busa ou capemba).

FLORAÇÃO
A produção de flores é contínua ao longo de todo ano, porém muito influenciada pelo regime de precipitação de cada região.

FRUTIFICAÇÃO
janeiro a dezembro, com picos entre maio e setembro.

USOS
Amêndoa (doces, licores, cervejas, leite, óleo e sabão); folha (artesanatos, sacolas, chapéus e vassouras); resíduo da amêndoa (ração animal); raiz (chá).

Licuri

O licuri é uma imponente palmeira com ampla distribuição pelo bioma Caatinga. Ocorre principalmente a leste do Rio São Francisco, e em áreas disjuntas ao longo da Mata Atlântica e zonas de transição entre o Cerrado e a Caatinga. Para muitas comunidades agroextrativistas e povos indígenas do Nordeste do Brasil, o licuri é uma das plantas de maior importância cultural e socioeconômica, contribuindo para a subsistência e a geração de renda de diversas famílias rurais. Do licuri se aproveita praticamente tudo. Das folhas, produz-se belíssimos artesanatos. Dos frutos, bastante apreciados pelas populações locais, produz-se uma grande diversidade de produtos utilizados na alimentação familiar e de animais domésticos, além de um delicioso óleo, muito nutritivo e bastante usado na culinária regional.

Syagrus coronata (Mart.) Becc.

As palmeiras de licuri podem ser encontradas no norte de Minas Gerais, na região oriental e central da Bahia, no sul de Pernambuco e ainda nos estados de Sergipe e Alagoas. Nesses locais seu nome pode variar para: alicuri, aricuí, adicuri, cabeçudo, coqueiro-aracuri, coqueiro-dicuri, iricuri, oricuri, ouricuzeiro, uricuri e uricuriba.

Os coquinhos de licuri nascem em cachos. Cada palmeira pode produzir até quatro cachos anualmente. Dependendo das condições climáticas e ambientais de cada região, um cacho pode produzir de 300 a 1.300 frutos. Em muitas feiras livres do Nordeste, esses coquinhos são descascados crus e vendidos em formas de rosário para serem consumidos como petisco.

Os frutos e amêndoas do licuri são uma importante fonte de alimento para diversas espécies da fauna silvestre do bioma Caatinga, em especial arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), ave endêmica da Ecorregião do Raso da Catarina, BA. O licuri é ainda consumido e disperso por outras aves e diversos roedores, como mocós, preás e cotias, que contribuem para a dispersão da palmeira para outras outras áreas e regiões.

Por se aproveitar praticamente a planta inteira, o licuri é uma importante fonte de renda para várias comunidades rurais das regiões do semiárido do Nordeste. Culturalmente essa palmeira também é símbolo sagrado para muitos povos indígenas, como o grupo dos Fulniôs e Kaimbés, que utilizam as folhas e os frutos dessa palmeira em seus rituais, e ainda as matas de licurizeiros para retiro espiritual.

Onde encontrar produtos de licuri?

COOPES- Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina.
Endereço: Avenida Airton Senna 731 A, Bairro São Luiz, Capim Grosso/BA. CEP: 44695-000.
Telefone: (74) 3651-022.
Site: http://www.coopes.org.br

Coopersabor – Cooperativa Regional de Agricultores/as Familiares e Extrativistas da Economia Popular e Solidária
Endereço: Rua Hélcio Cardoso de Matos, 55, Monte Santo, BA.
CEP: 48.800-000.
Telefone: (75) 99826-3426 / (75) 99183-2831
Site: http://aresol.org/a-coopersabor/
Facebook: https://www.facebook.com/Monte-Sabores-Monte-Santo-1250455911784429/  

Coopercuc – Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá
Endereço: R. Jorge Ribeiro de Sá, 97, Centro, Uauá, BA.
CEP: 48.950-000
Telefone: (74) 3673-1423 / 3673-1428 / 9996-8795
E-mail: vendas@coopercuc.com.br
Site: http://www.coopercuc.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/Coopercuc/ 

Central da Caatinga – Central de Comercialização das Cooperativas da Caatinga
Endereço: Praça Aprígio Duarte Filho, 01, Centro, Juazeiro, BA.
CEP: 48.903-440
Telefone: (74) 9902-0303
Email: central@centraldacaatinga.com.br
Site: http://centraldacaatinga.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/centraldacaatinga
Instagram: https://www.instagram.com/centraldacaatinga/

Central do Cerrado – Produtos Ecossociais
Endereço: Setor de Expansão Econômica de Sobradinho, Quadra 14, Lote 3, Sobradinho-DF.
Telefone: (61) 3327-8489
E-mail: centraldocerrado@centraldocerrado.org.br.
Site: http://www.centraldocerrado.org.br/

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